83% das empresas esperam impacto alto e imediato da Reforma Tributária, revela PwC Brasil
Área: Contábil Publicado em 18/11/2025Tema central da agenda econômica e empresarial do país, a Reforma Tributária sobre o Consumo entra em vigor em período de transição em 2026. O texto prevê a substituição de tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS, além da redução do campo de incidência do IPI. De acordo com o estudo "Tributos no centro: caminhos para a reinvenção", realizado pela PwC Brasil, 83% das empresas espera um alto impacto da reforma tributária no país. O estudo mapeia o estágio de preparação, as preocupações e as estratégias adotadas pelas empresas brasileiras.
A Reforma Tributária sobre o consumo é percebida como um fator de pressão em um ambiente de negócios incerto. A adaptação às novas exigências é um tema central na agenda econômica e empresarial do país. "A Reforma Tributária sobre o consumo deve ser vista como uma oportunidade para as organizações estabelecerem uma vantagem competitiva e um elemento disruptivo no contexto da sua estratégia de negócios. Pela sua complexidade, abrangência e relevância, o tema deve seguir presente na agenda dos conselhos e do C-level nos próximos anos", afirma Durval Portela, sócio e líder de Consultoria Tributária da PwC Brasil.
Mais de um terço das empresas (37%) ainda se encontra na fase inicial de avaliação de impactos da Reforma Tributária. Uma curiosidade destacada no estudo é que o nível de maturidade na avaliação varia conforme o porte da organização. Por exemplo, empresas com faturamento superior a R$5 bilhões apresentam avanços mais consistentes. Em contrapartida, as menores (até R$500 milhões) permanecem majoritariamente nas fases iniciais de avaliação de impactos.
Há também disparidade regional na análise. Regiões como Sudeste e Sul, estão em estágios mais avançados de preparação. No Centro-Oeste, 100% das empresas pesquisadas ainda estão na fase inicial.
Preocupações e Riscos Imediatos
Prevalece a visão de que a reforma traz riscos imediatos, apesar dos potenciais benefícios no longo prazo. As principais preocupações das empresas se concentram no aumento da carga tributária sobre a cadeia de valor (51%). O impacto negativo no capital de giro e na liquidez da operação preocupa 44% das empresas. Outras áreas de risco incluem o impacto adverso no EBITDA (20%) e a redução da competitividade (18%). Setores como o Agronegócio (60%) e Consumo (53%) estão particularmente apreensivos com a elevação da carga e os prejuízos à liquidez.
O Papel Decisivo da Tecnologia
A adequação tecnológica é uma prioridade imediata para as empresas. Quase 70% delas iniciaram o diagnóstico de seus sistemas (ERP e soluções fiscais). A área de Tecnologia da Informação (TI) é a segunda mais impactada com a reforma, com 70% das empresas esperando impacto alto.
A pesquisa mostra que 37% das empresas estão em estágio inicial de diagnóstico tecnológico e 32% em estágio avançado. Contabilidade (93%) e TI (83%) lideram a formação de equipes multidisciplinares para lidar com os impactos da reforma.
Ações Estratégicas Adotada
As empresas respondem à reforma com pragmatismo, priorizando ajustes internos e revisão de portfólio. A principal medida adotada é a revisão do mix de produtos e serviços (37%). Reestruturações societárias e/ou operacionais vêm em seguida, com 31%. Iniciativas mais drásticas, como venda de ativos ou relocalização de unidades produtivas, são menos frequentes, entre as empresas pesquisadas.
"As organizações que investirem desde já em análises robustas, capacitação de equipes e modernização de seus sistemas estarão mais bem posicionadas para atravessar a transição com segurança e capturar vantagens competitivas no médio prazo", completa Durval Portela.
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Fonte: Ti inside