Notícia - Sindicalistas pedem a Lula salário mínimo de R$ 1.342 e revogação da reforma trabalhista
Área: Pessoal Publicado em 19/01/2023 | Atualizado em 23/10/2023
Fonte: Jornal Valor Econômico
No Palácio do Planalto, dirigentes sindicais defenderam que o debate sobre a política de valorização do piso nacional não pode ser pautado pelo "deus mercado"
Em encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto, nessa quarta-feira (18), dirigentes sindicais defenderam que o debate sobre a política de valorização do salário mínimo não pode ser pautado pelo "deus mercado", em referência aos agentes econômicos e integrantes do mercado financeiro. Em discurso, sindicalistas voltaram a pedir que Lula garanta o piso de R$ 1.342, em detrimento do valor de R$ 1.320 aprovado pelo Congresso Nacional ano passado.
"O debate do salário mínimo não pode ser pautado pelo deus mercado", afirmou o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo. Já o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Moacyr Roberto Tesch Auersvald, pediu que o governo petista promova o reajuste da tabela do Imposto de Renda (IR) com a "desoneração dos mais humildes".
"Vamos nos empenhar com o seu governo para derramar o nosso suor em defesa dos trabalhadores. Temos hoje um governo que nos conhece como a palma de sua mão e que nos estende esse braço forte num momento de reaproximação. Queremos uma reforma tributária atingindo somente quem ganha mais e as grandes fortunas. Ao mesmo tempo, pedimos a desoneração dos mais humildes e também das pequenas empresas", disse Auersvald.
Já o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, explicou que as centrais não querem a volta do imposto sindical, mas sim da valorização da negociação entre patrões e sindicatos. Isso porque, desde a reforma trabalhista, o acordado entre empresas e trabalhadores têm prevalência sobre a legislação. Por conta disso, os sindicalistas pedem a revogação de trechos da reforma.
"Se por um lado, o ex-presidente Bolsonaro desprezou duramente a representação dos trabalhadores, por outro lado abrigou os interesses empresariais e de políticos. É fundamental reverter este quadro, indispensável em um país desigual como o Brasil. Tais mudanças somente se darão a partir de mudança legislativa democrática. Dentre as mudanças, destacamos necessidade de resolver a questão do financiamento sindical. Não estamos pedindo a volta do imposto sindical, mas que o trabalhador decida como financiar seu sindicato", argumentou Miguel.
O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, adotou tom similar. "O ideal seria fazer um revogaço, uma MP de quatro linhas, para revogar três leis: a terceirização indiscriminada, a lei da reforma trabalhista e a lei da liberdade econômica. Esta é a esperança de todos os que aqui estão", frisou Neto.
Por fim, o presidente da União Geral de Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, lembrou da situação dos trabalhadores de aplicativo. "Os trabalhadores do aplicativo representam os miseráveis, representam uma precariedade do trabalho. Durante a minha fala, morreu uma pessoa em São Paulo [trabalhando com aplicativo]. Na minha fala, uma pessoa teve sequelas. Enquanto se debatem as mortes, minha vida aqui é apelar para buscar alternativa para a vida do trabalhador, da família do trabalhador".
NULL Fonte: NULL
No Palácio do Planalto, dirigentes sindicais defenderam que o debate sobre a política de valorização do piso nacional não pode ser pautado pelo "deus mercado"
Em encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto, nessa quarta-feira (18), dirigentes sindicais defenderam que o debate sobre a política de valorização do salário mínimo não pode ser pautado pelo "deus mercado", em referência aos agentes econômicos e integrantes do mercado financeiro. Em discurso, sindicalistas voltaram a pedir que Lula garanta o piso de R$ 1.342, em detrimento do valor de R$ 1.320 aprovado pelo Congresso Nacional ano passado.
"O debate do salário mínimo não pode ser pautado pelo deus mercado", afirmou o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo. Já o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Moacyr Roberto Tesch Auersvald, pediu que o governo petista promova o reajuste da tabela do Imposto de Renda (IR) com a "desoneração dos mais humildes".
"Vamos nos empenhar com o seu governo para derramar o nosso suor em defesa dos trabalhadores. Temos hoje um governo que nos conhece como a palma de sua mão e que nos estende esse braço forte num momento de reaproximação. Queremos uma reforma tributária atingindo somente quem ganha mais e as grandes fortunas. Ao mesmo tempo, pedimos a desoneração dos mais humildes e também das pequenas empresas", disse Auersvald.
Já o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, explicou que as centrais não querem a volta do imposto sindical, mas sim da valorização da negociação entre patrões e sindicatos. Isso porque, desde a reforma trabalhista, o acordado entre empresas e trabalhadores têm prevalência sobre a legislação. Por conta disso, os sindicalistas pedem a revogação de trechos da reforma.
"Se por um lado, o ex-presidente Bolsonaro desprezou duramente a representação dos trabalhadores, por outro lado abrigou os interesses empresariais e de políticos. É fundamental reverter este quadro, indispensável em um país desigual como o Brasil. Tais mudanças somente se darão a partir de mudança legislativa democrática. Dentre as mudanças, destacamos necessidade de resolver a questão do financiamento sindical. Não estamos pedindo a volta do imposto sindical, mas que o trabalhador decida como financiar seu sindicato", argumentou Miguel.
O presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, adotou tom similar. "O ideal seria fazer um revogaço, uma MP de quatro linhas, para revogar três leis: a terceirização indiscriminada, a lei da reforma trabalhista e a lei da liberdade econômica. Esta é a esperança de todos os que aqui estão", frisou Neto.
Por fim, o presidente da União Geral de Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, lembrou da situação dos trabalhadores de aplicativo. "Os trabalhadores do aplicativo representam os miseráveis, representam uma precariedade do trabalho. Durante a minha fala, morreu uma pessoa em São Paulo [trabalhando com aplicativo]. Na minha fala, uma pessoa teve sequelas. Enquanto se debatem as mortes, minha vida aqui é apelar para buscar alternativa para a vida do trabalhador, da família do trabalhador".
NULL Fonte: NULL