Equipe econômica questiona diagnóstico do governo eleito

Área: Fiscal Publicado em 06/12/2022 | Atualizado em 23/10/2023 Imagem coluna Foto: Divulgação
Não é só a narrativa de que o País enfrenta uma "crise fiscal" dramática que o Ministério da Economia contesta. O órgão questiona também a necessidade de o governo eleito furar o teto de gastos em R$ 200 bilhões em 2023, como prevê a PEC da Transição proposta pelo governo eleito, para promover o "combate à fome" e turbinar os investimentos públicos.

Embora a equipe econômica se diga sensível ao empenho de todos os recursos necessários para erradicar a fome, ela rejeita a ideia de que o problema tenha se agravado nos últimos anos, em comparação com a situação registrada nos governos do PT, e coloca em xeque a informação divulgada pela Rede Pensann (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), de que existem 33 milhões de famintos hoje no País.

O principal argumento do ministério é de que o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 para 20 milhões de famílias permitiu a incorporação de 6 milhões de beneficiários em situação de extrema pobreza que não eram atendidos pelo antigo Bolsa Família, cujo benefício médio era de R$ 192 em 2021. Na avaliação do órgão, não seria possível afirmar, portanto, que o número de pessoas que não têm o que comer tenha aumentado e não diminuído, para justificar a realização de gastos sem lastro no montante desejado pelo governo eleito.

"É impossível ter 33 milhões de pessoas passando fome. Nós estamos transferindo para os mais pobres, com o Auxílio Brasil, 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto), três vezes mais do que recebiam antes", disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, recentemente. "Por mais que tenha havido inflação, não foi três vezes mais. O poder de compra está mais do que preservado por essa nova transferência de renda."

Quadro fiscal não é de terra arrasada, diz Ministério da Economia. Entenda o que representam os R$ 200 bilhões da PEC de Transição.

Fonte: Terra NULL Fonte: NULL