Arrecadação federal tem pior resultado para abril desde 2006
Área: Fiscal Publicado em 26/05/2020
A arrecadação federal de impostos registrou queda real de 28,95% em abril, na comparação com o mesmo mês de 2019, somando R$ 101,154 bilhões, diretamente influenciada pelos diferimentos de impostos concedidos pelo governo para ajudar a minimizar os efeitos da pandemia de covid-19 na economia. Com o desempenho do período, o recolhimento no quadrimestre foi de R$ 502,293 bilhões, uma baixa real de 7,45% em relação a um ano antes.
Segundo informações da Receita, o resultado em abril é o pior para o mês desde 2006, quando a arrecadação foi de R$ 94,505 bilhões, corrigidos pela inflação. Em 2007, corrigido pela inflação, a arrecadação havia sido de R$ 104,601 bilhões. No acumulado do ano, o desempenho é o mais baixo desde 2017, quando foi apurado R$ 495,024 bilhões.
“O resultado tanto do mês quanto do período acumulado foi bastante influenciado pelos diversos diferimentos decorrentes da pandemia de coronavírus. Os diferimentos somaram, aproximadamente, R$ 35 bilhões”, informou a Receita. O Fisco destaca ainda que as compensações apresentaram crescimento de 25,19% no mês de abril de 2020 e de 46,91% no período acumulado.
Sem correção inflacionária, a arrecadação mostrou queda de 27,24% em abril, ante mesmo mês do calendário anterior, quando a arrecadação total somou R$ 139,030 bilhões.
Considerando somente as receitas administradas pela Receita, houve redução real de 28,79% no mês somando R$ 93,332 bilhões, na comparação a mesma base de comparação do ano passado. A queda nominal foi de 27,08%. No ano, as receitas administradas somaram R$ 476,811 bilhões, um decréscimo real de 7,71% e nominal de 4,48%
Já a receita própria de outros órgãos federais (onde estão os royalties de petróleo, por exemplo) foi de R$ 7,822 bilhões em abril, queda real de 30,75% na comparação com o mesmo mês de 2019. Em termos nominais, essas receitas recuaram 29,09% em abril em relação ao mesmo mês de 2019. No ano, a receita própria de outros órgãos somou R$ 25,482 bilhões, o que corresponde a uma queda real de 2,18% ante mesmo período de 2019.
De janeiro a abril, a Receita apontou ainda que o governo deixou de arrecadar R$ 34,995 bilhões devido a desonerações tributárias. Em 2019, o governo abriu mão de R$ 32,159 bilhões no mesmo período. Apenas em abril, as desonerações somaram R$ 9,963 bilhões
No primeiro quadrimestre, somente com Simples e Microempreendedor Individual (MEI), o governo deixou de receber R$ 5,099 bilhões em tributos. Além disso, a desoneração da cesta básica contribuiu para uma redução de R$ 4,102 bilhões na arrecadação e a desoneração da folha de pagamentos, mais R$ 3,064 bilhões.
Compensações tributárias
As compensações tributárias em abril somaram R$ 10,901 bilhões, o que representa aumento de 25,19% em relação ao mesmo período de 2019. Segundo o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita , Claudemir Malaquias, o crescimento das compensações se deve a perda de liquidez das empresas por conta da crise.
Neste cenário de retração econômica e medidas de isolamento social, as empresas passaram a lançar mão do direito de créditos. No acumulado de janeiro a abril, as compensações totalizaram R$ 45,996 bilhões, alta de 46,91% ante mesma base de comparação do ano anterior.
Fonte: Portal Valor Econômico NULL Fonte: NULL
Segundo informações da Receita, o resultado em abril é o pior para o mês desde 2006, quando a arrecadação foi de R$ 94,505 bilhões, corrigidos pela inflação. Em 2007, corrigido pela inflação, a arrecadação havia sido de R$ 104,601 bilhões. No acumulado do ano, o desempenho é o mais baixo desde 2017, quando foi apurado R$ 495,024 bilhões.
“O resultado tanto do mês quanto do período acumulado foi bastante influenciado pelos diversos diferimentos decorrentes da pandemia de coronavírus. Os diferimentos somaram, aproximadamente, R$ 35 bilhões”, informou a Receita. O Fisco destaca ainda que as compensações apresentaram crescimento de 25,19% no mês de abril de 2020 e de 46,91% no período acumulado.
Sem correção inflacionária, a arrecadação mostrou queda de 27,24% em abril, ante mesmo mês do calendário anterior, quando a arrecadação total somou R$ 139,030 bilhões.
Considerando somente as receitas administradas pela Receita, houve redução real de 28,79% no mês somando R$ 93,332 bilhões, na comparação a mesma base de comparação do ano passado. A queda nominal foi de 27,08%. No ano, as receitas administradas somaram R$ 476,811 bilhões, um decréscimo real de 7,71% e nominal de 4,48%
Já a receita própria de outros órgãos federais (onde estão os royalties de petróleo, por exemplo) foi de R$ 7,822 bilhões em abril, queda real de 30,75% na comparação com o mesmo mês de 2019. Em termos nominais, essas receitas recuaram 29,09% em abril em relação ao mesmo mês de 2019. No ano, a receita própria de outros órgãos somou R$ 25,482 bilhões, o que corresponde a uma queda real de 2,18% ante mesmo período de 2019.
De janeiro a abril, a Receita apontou ainda que o governo deixou de arrecadar R$ 34,995 bilhões devido a desonerações tributárias. Em 2019, o governo abriu mão de R$ 32,159 bilhões no mesmo período. Apenas em abril, as desonerações somaram R$ 9,963 bilhões
No primeiro quadrimestre, somente com Simples e Microempreendedor Individual (MEI), o governo deixou de receber R$ 5,099 bilhões em tributos. Além disso, a desoneração da cesta básica contribuiu para uma redução de R$ 4,102 bilhões na arrecadação e a desoneração da folha de pagamentos, mais R$ 3,064 bilhões.
Compensações tributárias
As compensações tributárias em abril somaram R$ 10,901 bilhões, o que representa aumento de 25,19% em relação ao mesmo período de 2019. Segundo o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita , Claudemir Malaquias, o crescimento das compensações se deve a perda de liquidez das empresas por conta da crise.
Neste cenário de retração econômica e medidas de isolamento social, as empresas passaram a lançar mão do direito de créditos. No acumulado de janeiro a abril, as compensações totalizaram R$ 45,996 bilhões, alta de 46,91% ante mesma base de comparação do ano anterior.
Fonte: Portal Valor Econômico NULL Fonte: NULL