SC - ICMS para bares e restaurantes: Deputados apresentam emenda para redução

Área: Fiscal Publicado em 04/05/2022 | Atualizado em 23/10/2023 Imagem coluna Foto: Divulgação
O deputado Bruno Souza , do Novo, apresentou Emenda Modificativa ao Projeto de Lei apresentado em abril pelo Governo do Estado, em relação ao ICMS para alimentos e bebidas. Com a alteração, proposta pelo parlamentar, o imposto de 3,2% aplica-se também ao fornecimento de bebidas, e não apenas aos alimentos, como propõe o Poder Executivo. A Emenda foi assinada também pelo deputado João Amin, do PP.

Há meses, o tema causa polêmica em Santa Catarina, especialmente, com os proprietários de bares e restaurantes. Isso porque no ano passado, para ajudar um dos setores mais afetados pela pandemia de COVID-19, os deputados aprovaram lei que reduzia o ICMS de bebidas e alimentos para bares e restaurantes. A lei no entanto, foi vetada pelo Governo de Santa Catarina.

Após inúmeras reuniões entre representantes do governo com deputados e representantes dos setores atingidos pela questão do ICMS, ficou estabelecido acordo para votação de nova proposta que prevê a redução de 7% para 3,2% do ICMS sobre o fornecimento de alimentação em bares, restaurantes e estabelecimentos similares, exceto no fornecimento de bebidas, inclusive as não alcoólicas.

Com isso, Santa Catarina torna-se o estado com o ICMS do setor mais caro do sul do país. Hoje, por exemplo, o ICMS de alimentos e bebidas no Rio Grande do Sul é 3,5% e no Paraná é de 3,2%, estado que serviu de fonte para a proposta catarinense.

Para justificar o veto, o Governo de Santa Catarina citou o caso do Paraná. A questão no entanto, é que no Paraná o segmento é abrangido por substituição tributária, diferente de Santa Catarina onde não há este sistema. Desta forma, a modificação sugerida pelo deputado Bruno Souza vai ao encontro da legislação paranaense, com limitação somente a mercadorias abrangidas por substituição tributária.

O setor de bares e restaurantes foi um dos mais atingidos pela crise causada pela pandemia. Quatro de cada 10 empresas fecharam as portas, 40 mil postos de trabalho foram extintos e quase 70% das empresas que resistiram estão, atualmente, endividadas, conforme dados da ABRASEL.

“Como todos sabemos, uma menor competitividade de nossas empresas significa menos lucro, menos investimento e, consequentemente, menos empregos. Além disso, mais impostos aos empresários representa mais dinheiro que sai do bolso dos consumidores catarinenses”, conclui o deputado Bruno Souza.

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