Repique da covid leva governo de São Paulo a retomar restrição parcial
Área: Fiscal Publicado em 01/12/2020 | Atualizado em 23/10/2023
Todo o Estado de São Paulo vai recuar para a fase da bandeira amarela do Plano SP, que prevê o planejamento sanitário que determina regras de isolamento e funcionamento dos estabelecimentos comerciais e de serviços. As medidas foram anunciadas ontem pelo governador João Doria (PSDB). Elas não alteram a programação de volta às aulas e não fecham comércio, bares e restaurantes, mas esses estabelecimentos terão de funcionar com redução de horários e de capacidade de ocupação.
“Com o claro aumento da instabilidade da pandemia, o governo do Estado de São Paulo e o Centro de Contingência da covid-19 decidiram que 100% do Estado de São Paulo vai retornar para a fase amarela do Plano SP”, disse o governador em entrevista coletiva. A medida, ponderou, não fecha atividades econômicas, embora seja mais restritiva com o fim de evitar o avanço do contágio.
O anúncio foi feito um dia após o segundo turno das eleições municipais - vencida na capital pelo atual prefeito Bruno Covas (PSDB), apoiado pelo governador. “Perderam os extremistas, aqueles que apostam na ficção diante dos fatos”, disse ele, sobre o resultado do pleito. “A população de todo o país, especialmente aqui em São Paulo, deu um recado claro contra o negacionismo, o obscurantismo e a intolerância.”
Em 13 de novembro, o governador se queixou no Twitter de “fake news” que diziam que ele imporia medidas mais severas. “Não vamos fechar o comércio ou endurecer as medidas de combate à pandemia após as eleições. Mais um absurdo que estão inventando”, escreveu. Cientistas já vinham alertando para a aceleração na curva de casos de covid-19 - com consequentes altas nas taxas de internação em UTIs nas redes pública e privada - e para o risco de segunda onda.
O Estado está dividido em 17 Departamentos Regionais de Saúde, incluindo a capital, categorizados segundo escala de cinco níveis de abertura econômica. Desse total, seis departamentos - inclusa a cidade de São Paulo - estavam na bandeira verde, a mais flexível. Com a medida, essas áreas voltam a reduzir horários de funcionamento dos estabelecimentos e serviços. E as demais 11 regiões, que já estavam na fase amarela, seguem no mesmo estágio.
Na bandeira amarela, o atendimento presencial em todos os setores da economia fica restrito a funcionar com 40% da capacidade de público e abrir, no máximo, dez horas por dia - sequenciais ou fracionadas -, encerrando as atividades até as 22h. A reavaliação das condições epidemiológicas, dos óbitos e da capacidade hospitalar dos municípios paulistas passará a será feita a cada sete dias, e não mais a cada 28 dias. A próxima reclassificação ordinária, contudo, está agendada para 4 de janeiro. Só haverá reclassificação semanal em caso de piora, e não de avanço.
Reunião marcada para hoje com 62 prefeitos das cidades mais atingidas vai definir os próximos passos do combate à pandemia. “Nosso foco deveria ser concentrado nas vacinas, o país está exausto do isolamento”, disse Doria. Diante dos indicadores, afirmou ele, cabe ao governo federal apresentar imediatamente plano de imunização.
Segundo o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, houve um aumento de 10% nos casos de coronavírus na última semana epidemiológica. Isso fez com que governo adotasse medidas mais restritivas, explicou. Ele afirmou ainda que foi verificada uma queda na testagem em alguns municípios, tema que será tratado na reunião com prefeitos. A ideia é incentivar a testagem precoce para o melhor controle da evolução da epidemia, a fim de isolar contagiados, acompanhar contatantes e fiscalizar localmente.
Sobre as festividades de fim de ano, Doria disse que tomará “medidas legais, que se sobrepõem às municipais”, para coibir aglomerações. Segundo ele, não haverá espaço para comemorações coletivas na virada para 2021, mas também não há perspectiva de “lockdown”.
Concentrações de pessoas, contudo, serão reprimidas, com os estabelecimentos submetidos às regras da fase amarela. “Não é hora de festa, não é hora de celebração, não é hora de comemoração”, afirmou o governador, acrescentando que as restrições só serão afrouxadas quando houver vacinação.
Segundo a secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Patrícia Ellen, a curva de casos de covid-19 no Estado está crescente e requer cautela, mas não reflete situação correspondente à da Europa. “É por isso que estamos redobrando a atenção”, observou. Patrícia disse que o governo trabalha para evitar a agravação das medidas restritivas, de forma a proteger a saúde da população e ao mesmo tempo preservar a economia.
Fonte: Portal Valor Econômico NULL Fonte: NULL
“Com o claro aumento da instabilidade da pandemia, o governo do Estado de São Paulo e o Centro de Contingência da covid-19 decidiram que 100% do Estado de São Paulo vai retornar para a fase amarela do Plano SP”, disse o governador em entrevista coletiva. A medida, ponderou, não fecha atividades econômicas, embora seja mais restritiva com o fim de evitar o avanço do contágio.
O anúncio foi feito um dia após o segundo turno das eleições municipais - vencida na capital pelo atual prefeito Bruno Covas (PSDB), apoiado pelo governador. “Perderam os extremistas, aqueles que apostam na ficção diante dos fatos”, disse ele, sobre o resultado do pleito. “A população de todo o país, especialmente aqui em São Paulo, deu um recado claro contra o negacionismo, o obscurantismo e a intolerância.”
Em 13 de novembro, o governador se queixou no Twitter de “fake news” que diziam que ele imporia medidas mais severas. “Não vamos fechar o comércio ou endurecer as medidas de combate à pandemia após as eleições. Mais um absurdo que estão inventando”, escreveu. Cientistas já vinham alertando para a aceleração na curva de casos de covid-19 - com consequentes altas nas taxas de internação em UTIs nas redes pública e privada - e para o risco de segunda onda.
O Estado está dividido em 17 Departamentos Regionais de Saúde, incluindo a capital, categorizados segundo escala de cinco níveis de abertura econômica. Desse total, seis departamentos - inclusa a cidade de São Paulo - estavam na bandeira verde, a mais flexível. Com a medida, essas áreas voltam a reduzir horários de funcionamento dos estabelecimentos e serviços. E as demais 11 regiões, que já estavam na fase amarela, seguem no mesmo estágio.
Na bandeira amarela, o atendimento presencial em todos os setores da economia fica restrito a funcionar com 40% da capacidade de público e abrir, no máximo, dez horas por dia - sequenciais ou fracionadas -, encerrando as atividades até as 22h. A reavaliação das condições epidemiológicas, dos óbitos e da capacidade hospitalar dos municípios paulistas passará a será feita a cada sete dias, e não mais a cada 28 dias. A próxima reclassificação ordinária, contudo, está agendada para 4 de janeiro. Só haverá reclassificação semanal em caso de piora, e não de avanço.
Reunião marcada para hoje com 62 prefeitos das cidades mais atingidas vai definir os próximos passos do combate à pandemia. “Nosso foco deveria ser concentrado nas vacinas, o país está exausto do isolamento”, disse Doria. Diante dos indicadores, afirmou ele, cabe ao governo federal apresentar imediatamente plano de imunização.
Segundo o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, houve um aumento de 10% nos casos de coronavírus na última semana epidemiológica. Isso fez com que governo adotasse medidas mais restritivas, explicou. Ele afirmou ainda que foi verificada uma queda na testagem em alguns municípios, tema que será tratado na reunião com prefeitos. A ideia é incentivar a testagem precoce para o melhor controle da evolução da epidemia, a fim de isolar contagiados, acompanhar contatantes e fiscalizar localmente.
Sobre as festividades de fim de ano, Doria disse que tomará “medidas legais, que se sobrepõem às municipais”, para coibir aglomerações. Segundo ele, não haverá espaço para comemorações coletivas na virada para 2021, mas também não há perspectiva de “lockdown”.
Concentrações de pessoas, contudo, serão reprimidas, com os estabelecimentos submetidos às regras da fase amarela. “Não é hora de festa, não é hora de celebração, não é hora de comemoração”, afirmou o governador, acrescentando que as restrições só serão afrouxadas quando houver vacinação.
Segundo a secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Patrícia Ellen, a curva de casos de covid-19 no Estado está crescente e requer cautela, mas não reflete situação correspondente à da Europa. “É por isso que estamos redobrando a atenção”, observou. Patrícia disse que o governo trabalha para evitar a agravação das medidas restritivas, de forma a proteger a saúde da população e ao mesmo tempo preservar a economia.
Fonte: Portal Valor Econômico NULL Fonte: NULL