Notícia - Distância prejudica avaliação técnica e socioemocional
Área: Pessoal Publicado em 21/08/2020 | Atualizado em 23/10/2023
Para especialistas, recrutamento 100% on-line têm desvantagens na hora de avaliar traços de comportamento ou selecionar profissionais para posições técnicas
Fonte: Valor econômico.
Embora exista uma evolução no uso de plataformas digitais nos processos de seleção, existe uma curva de aprendizado, que serve para recrutadores e candidatos. Para Leonardo Vicente, do site Vagas.com, os maiores desafios são tecnologia, empatia e comunicação. Segundo o site, o uso de entrevistas virtuais do site cresceu 180%, com realização de mais de 500 processos e participação de 2 mil candidatos.
Além da adaptação a novos recursos tecnológicos, é preciso compreender as limitações que o ambiente virtual gera para a entrevista, diz Vicente.
“O barulho, a informalidade, a possibilidade de intervenções inesperadas são só alguns dos casos que os RHs passaram a lidar e aceitar”, afirma. A contratação remota não significa apenas inserir uma nova ferramenta para entrevistas e dinâmicas.
Para Mariana Dias, CEO e cofundadora da Gupy, sistema de recrutamento com inteligência artificial, a inserção da tecnologia na rotina do RH é uma transformação, mas é preciso mudar a mentalidade. “Será que faz sentido ter 20 etapas para uma vaga ou dá para encurtar o processo seletivo?”, diz. Quando é necessária uma avaliação mais profunda de habilidades socioemocionais, as plataformas digitais talvez não sejam suficientes, diz Denise Asnis, fundadora da startup Taqe. “Ainda é difícil avaliar virtualmente como a pessoa reage a uma situação”, diz. Um caminho é a dinâmica de grupo. “Aí conseguimos ver como se dá a interação entre as pessoas.”
Para algumas empresas, a contratação remota não vale para posições técnicas, porque gestores e recrutadores precisam avaliar as competências presencialmente. “Não dá para saber a distância se a pessoa sabe entubar um paciente. Pelo menos não até agora”, diz Miriam Branco, diretora-executiva de RH do Hospital Albert Einstein. É possível fazer a primeira triagem virtual e, nas etapas finais, recrutar os candidatos para a avaliação técnica. Isso também vale para vagas operacionais em indústrias e no agronegócio, cita Luana Castro, da Michael Page. Além da análise das habilidades técnicas, um desafio nesses casos é o problema de conexão à internet.
Headhunters acham difícil avaliar habilidades socioemocionais. A tendência é que o início do processo seja on-line, o que ajuda a analisar uma quantidade maior de pessoas em um espaço menor de tempo. “Mas duvido que tiraremos a última etapa presencial”, diz Luana.
NULL Fonte: NULL
Fonte: Valor econômico.
Embora exista uma evolução no uso de plataformas digitais nos processos de seleção, existe uma curva de aprendizado, que serve para recrutadores e candidatos. Para Leonardo Vicente, do site Vagas.com, os maiores desafios são tecnologia, empatia e comunicação. Segundo o site, o uso de entrevistas virtuais do site cresceu 180%, com realização de mais de 500 processos e participação de 2 mil candidatos.
Além da adaptação a novos recursos tecnológicos, é preciso compreender as limitações que o ambiente virtual gera para a entrevista, diz Vicente.
“O barulho, a informalidade, a possibilidade de intervenções inesperadas são só alguns dos casos que os RHs passaram a lidar e aceitar”, afirma. A contratação remota não significa apenas inserir uma nova ferramenta para entrevistas e dinâmicas.
Para Mariana Dias, CEO e cofundadora da Gupy, sistema de recrutamento com inteligência artificial, a inserção da tecnologia na rotina do RH é uma transformação, mas é preciso mudar a mentalidade. “Será que faz sentido ter 20 etapas para uma vaga ou dá para encurtar o processo seletivo?”, diz. Quando é necessária uma avaliação mais profunda de habilidades socioemocionais, as plataformas digitais talvez não sejam suficientes, diz Denise Asnis, fundadora da startup Taqe. “Ainda é difícil avaliar virtualmente como a pessoa reage a uma situação”, diz. Um caminho é a dinâmica de grupo. “Aí conseguimos ver como se dá a interação entre as pessoas.”
Para algumas empresas, a contratação remota não vale para posições técnicas, porque gestores e recrutadores precisam avaliar as competências presencialmente. “Não dá para saber a distância se a pessoa sabe entubar um paciente. Pelo menos não até agora”, diz Miriam Branco, diretora-executiva de RH do Hospital Albert Einstein. É possível fazer a primeira triagem virtual e, nas etapas finais, recrutar os candidatos para a avaliação técnica. Isso também vale para vagas operacionais em indústrias e no agronegócio, cita Luana Castro, da Michael Page. Além da análise das habilidades técnicas, um desafio nesses casos é o problema de conexão à internet.
Headhunters acham difícil avaliar habilidades socioemocionais. A tendência é que o início do processo seja on-line, o que ajuda a analisar uma quantidade maior de pessoas em um espaço menor de tempo. “Mas duvido que tiraremos a última etapa presencial”, diz Luana.
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