Ex-ministro de Bolsonaro, Tarcísio diz que SP vai ser ‘parceiro’ do governo na reforma tributária
Área: Fiscal Publicado em 28/03/2023
Apesar disso, ele acrescentou que não será "fácil" aprovar o projeto no Congresso por conta da "guerra fiscal" entre os diversos setores da economia.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta quinta-feira que sua gestão será "parceira" do governo Luiz Inácio Lula da Silva no debate da reforma tributária. Apesar disso, ele acrescentou que não será "fácil" aprovar o projeto no Congresso por conta da "guerra fiscal" entre os diversos setores da economia.
"São Paulo, obviamente, vai ser parceiro do governo federal, [o Estado] tem interesse em ver essa reforma tributária aprovada. A gente sabe das dificuldades, não é uma coisa fácil, porque hoje a gente tem uma indústria no Brasil que é sobretaxada e nós temos setores que pagam pouco imposto. Ora, se você quer tirar imposto da indústria, alguém vai pagar mais. E aí envolve uma harmonização desses interesses que vai demandar muita habilidade, muito esforço de costura, de exercício de se pensar no futuro", disse.
Tarcísio falou à imprensa após se reunir com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), no Palácio do Planalto. Na reunião, ele estava acompanhado do secretário de Relações Institucionais do Estado, Gilberto Kassab (PSD). Diante das dificuldades que o governo enfrentará, o governador de São Paulo sugeriu que a gestão Lula trate dessa reforma "em partes".
"Tem a questão do papel de arrecadação dos Estados e dos municípios. Então eu acredito que não é uma reforma simples. E toda vez que você se depara com um problema muito complicado, talvez o melhor caminho seja você tratar ou resolver esse problema em partes. Resolve o que é mais fácil primeiro, dá o primeiro passo, simplifica os tributos federais, uniformiza a regra de ICMS nos Estados, porque isso vai dar a possibilidade, por exemplo, de eliminar parte dessa guerra fiscal. Eu acredito que talvez esse seja o caminho da gente avançar no campo tributário", pontuou.
O governador também foi questionado pelos jornalistas sobre o debate do novo arcabouço fiscal, proposta que está sendo elaborada pelo Ministério da Fazenda. Sobre isso, ele respondeu que é importante que o Brasil mantenha um compromisso com a solvência fiscal.
"Eu acho que a gente tem que aguardar e torcer para termos o melhor desfecho possível. Vamos aguardar para ver o que vai ser feito em termos de arcabouço fiscal. É importante que o Brasil mantenha o seu compromisso com a solvência, o equilíbrio das contas é fundamental se a gente quiser ter investimento e redução das taxas de juros", explicou. Por fim, ele defendeu que um bom arcabouço fiscal é aquele que "diminui o ruído" junto ao mercado.
"A boa mensagem fiscal é o que traz a confiança, diminui o ruído, é o que, no final das contas, mexe na curva de juros a longo prazo, dá o apetite para o investidor. Então isso é fundamental para o Brasil ir bem. Eu acho que se a gente eliminar ruído na economia e principalmente mostrar que tem um compromisso fiscal forte, a gente vai ter condição de dar passos rigorosos na direção do crescimento. O Brasil é a bola da vez, tem condição de crescer, então acho que isso é importante para nós", concluiu.
Fonte: Valor Econômico NULL Fonte: NULL
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta quinta-feira que sua gestão será "parceira" do governo Luiz Inácio Lula da Silva no debate da reforma tributária. Apesar disso, ele acrescentou que não será "fácil" aprovar o projeto no Congresso por conta da "guerra fiscal" entre os diversos setores da economia.
"São Paulo, obviamente, vai ser parceiro do governo federal, [o Estado] tem interesse em ver essa reforma tributária aprovada. A gente sabe das dificuldades, não é uma coisa fácil, porque hoje a gente tem uma indústria no Brasil que é sobretaxada e nós temos setores que pagam pouco imposto. Ora, se você quer tirar imposto da indústria, alguém vai pagar mais. E aí envolve uma harmonização desses interesses que vai demandar muita habilidade, muito esforço de costura, de exercício de se pensar no futuro", disse.
Tarcísio falou à imprensa após se reunir com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), no Palácio do Planalto. Na reunião, ele estava acompanhado do secretário de Relações Institucionais do Estado, Gilberto Kassab (PSD). Diante das dificuldades que o governo enfrentará, o governador de São Paulo sugeriu que a gestão Lula trate dessa reforma "em partes".
"Tem a questão do papel de arrecadação dos Estados e dos municípios. Então eu acredito que não é uma reforma simples. E toda vez que você se depara com um problema muito complicado, talvez o melhor caminho seja você tratar ou resolver esse problema em partes. Resolve o que é mais fácil primeiro, dá o primeiro passo, simplifica os tributos federais, uniformiza a regra de ICMS nos Estados, porque isso vai dar a possibilidade, por exemplo, de eliminar parte dessa guerra fiscal. Eu acredito que talvez esse seja o caminho da gente avançar no campo tributário", pontuou.
O governador também foi questionado pelos jornalistas sobre o debate do novo arcabouço fiscal, proposta que está sendo elaborada pelo Ministério da Fazenda. Sobre isso, ele respondeu que é importante que o Brasil mantenha um compromisso com a solvência fiscal.
"Eu acho que a gente tem que aguardar e torcer para termos o melhor desfecho possível. Vamos aguardar para ver o que vai ser feito em termos de arcabouço fiscal. É importante que o Brasil mantenha o seu compromisso com a solvência, o equilíbrio das contas é fundamental se a gente quiser ter investimento e redução das taxas de juros", explicou. Por fim, ele defendeu que um bom arcabouço fiscal é aquele que "diminui o ruído" junto ao mercado.
"A boa mensagem fiscal é o que traz a confiança, diminui o ruído, é o que, no final das contas, mexe na curva de juros a longo prazo, dá o apetite para o investidor. Então isso é fundamental para o Brasil ir bem. Eu acho que se a gente eliminar ruído na economia e principalmente mostrar que tem um compromisso fiscal forte, a gente vai ter condição de dar passos rigorosos na direção do crescimento. O Brasil é a bola da vez, tem condição de crescer, então acho que isso é importante para nós", concluiu.
Fonte: Valor Econômico NULL Fonte: NULL