PREVIDÊNCIA – PEC 6 – Na Comissão Especial, o governo perdeu e ganhou
Publicado em 05/07/2019 16:35 | Atualizado em 20/10/2023 20:35Newton Gomes – 05.07.2019
Terminou, na madrugada de hoje, a tramitação da PEC 6 na Comissão Especial. No balanço de perdas e ganhos do governo, segue um resumo do resultado final.
1. PERDAS:
CAPITALIZAÇÃO – O novo regime proposto não foi aceito;
ESTADOS E MUNICÍPIOS - Não houve acordo com os governadores e prefeitos. Assim, a reforma ficará apenas no âmbito da União;
BPC - Benefício de prestação continuada – Foram mantidas as regras atuais;
APOSENTADORIA RURAL - Foram mantidas as regras atuais;
CONTRIBUIÇÃO SOBRE AS EXPORTAÇÕES - Prevista inicialmente na PEC e mantida pelo relator, esta contribuição foi excluída da reforma por destaque de bancada;
ABONO SALARIAL – O governo propôs que o pagamento do abono fosse restrito aos trabalhadores com renda de até um salário mínimo, mas a Comissão aumentou esse limite para R$ 1.364,43;
REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS - O relator não aceitou a retirada dessa regra;
GATILHO - Aumento do limite de idade por questões demográficas – Esta proposta também foi retirada do texto.
2. GANHOS:
IDADE MÍNIMA - No RGPS, ficou a idade mínima de 62 para mulheres (15 anos de contribuição) e 65 para homens (20 anos de contribuição);
REGRAS DE TRANSIÇÃO - Basicamente, todas as propostas do Governo foram mantidas, tanto para servidores públicos, como para trabalhadores da iniciativa privada;
POLICIAIS - Apesar das intensas pressões - inclusive do Presidente da República - foram mantidas as regras atuais;
ALÍQUOTAS - Os aumentos e reduções de alíquotas, propostos na PEC 6, inclusive a progressividade, foram aceitos;
PENSÃO POR MORTE - Foi mantida a proposta do governo;
CSLL DOS BANCOS – Aumento da alíquota de 15% para 20%;
Agora, o texto segue para o plenário da Câmara, onde as discussões envolverão 513 deputados, em dois turnos de votação. Para ser aprovado, o projeto necessitará de 308 votos favoráveis, em cada um dos turnos.
O Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já anunciou que a discussão no plenário vai começar na próxima terça-feira, 9 de julho (esclarecimento: nesse dia, somente é feriado no Estado de São Paulo), e que pretende concluir as discussões até o dia 17 de julho (antes do recesso).
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