Mulheres ainda recebem 21% menos que homens em empresas com 100 ou mais funcionários
Publicado em 04/11/2025 15:13 | Atualizado em 04/11/2025 15:17Segundo notícia veiculada ao Portal do Ministério do Trabalho e Emprego, a participação das mulheres no mercado de trabalho cresce, mas a igualdade salarial ainda avança lentamente nas 54.041 empresas com 100 ou mais funcionários.
Segundo o 4º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, as mulheres recebem, em média, 21,2% menos do que os homens nessas empresas.
O estudo analisou 19.423.144 vínculos trabalhistas (41,1% mulheres e 58,9% homens) com base nas informações da RAIS, do 2º semestre de 2024 ao 1º semestre de 2025. A remuneração média das mulheres é de R$ 3.908,76, enquanto a dos homens é de R$ 4.958,43.
Além disso, entre 2023 e 2025, a proporção de mulheres ocupadas aumentou de 40% para 41,1%, elevando o número de empregadas de 7,2 milhões para 8 milhões.
Por sua vez, os principais motivos apontados pelas empresas para a diferença salarial são tempo de experiência na empresa (78,7%), metas de produção (64,9%) e plano de cargos e salários ou carreira (56,4%).
Em contrapartida, o relatório indica que aumentou em 21,1% o número de estabelecimentos com pelo menos 10% de mulheres negras, passando de 29 mil para 35 mil. No mesmo período, subiu em 6,4% o número de estabelecimentos com diferença salarial de até 5% entre homens e mulheres, de 16,7 mil para 17,8 mil.
Por fim, os estados com maior diferença salarial média são Paraná (28,5%) e Rio de Janeiro (28,5%), seguidos por Santa Catarina (27,9%), Mato Grosso (27,9%) e Espírito Santo (26,9%). Os menores índices estão em Piauí (7,2%), Amapá (8,9%), Acre (9,1%), Distrito Federal (9,3%), Ceará (9,9%) e Pernambuco (10,4%).