Grupo da reforma tributária discute alíquota de exceção para cinco setores

Publicado em 10/04/2023 11:40 | Atualizado em 23/10/2023 13:45
Tempo de leitura: 00:00

Proposta em debate no grupo de trabalho da Câmara prevê alíquota única de exceção para educação, saúde, agroindústria, transporte coletivo e transportes de cargas.

O grupo de trabalho (GT) da reforma tributária na Câmara dos Deputados discute a possibilidade de uma alíquota única de exceção para cinco setores: educação, saúde, agroindústria, transporte urbano coletivo e transporte de cargas.

A ideia foi batizada pelo coordenador do GT, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), de “alíquota de equilíbrio”. A proposta, segundo ele, é que o novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) tenha menos exceções possíveis. Aliados já buscam um acordo para avançar.

Nos bastidores, fontes do governo consideram que a reforma tributária pode ter dificuldades de aprovação caso alguns setores não sejam “excepcionalizados”. É o caso de escolas e universidades privadas, planos de saúde, o agronegócio e operações de transportes.

O Ministério da Fazenda tem falado em uma alíquota única (IVA) de 25% como resultado da fusão de tributos federais, estaduais e municipais.

No GT da reforma, responsável por elaborar um texto com o maior consenso possível para votação na Câmara, avançam discussões para que todos esses setores de exceção sejam reunidos em uma única “alíquota de equilíbrio”. O valor da alíquota ainda não foi definido.

A intenção da alíquota única de exceção é evitar que esses setores tentem negociar benesses especiais na reforma e abram uma “guerra” por alíquotas menores.

De acordo com Reginaldo Lopes, o IVA de exceção para os quatro setores não eliminaria o “cashback do povo”, outra proposta em análise que prevê a devolução de parte do imposto pago às famílias de baixa renda.