Pedágio aumenta em seis praças da Região Metropolitana de Sorocaba

Área: Fiscal Publicado em 30/11/2020 Imagem coluna Foto: Divulgação
Motoristas que passam por cinco, dos oito pedágios em rodovias da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), vão pagar R$ 0,20 a mais a partir do próximo dia 1º de dezembro. Os novos valores oficiais foram publicados pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) no Diário Oficial do Estado (DOU) aumentando a tarifa em seis praças de cobrança da região.

O reajuste, que é realizado no mês de julho, foi prorrogado para o último mês do ano por conta da pandemia de Covid-19. Para este ano, o aumento será de 1,88% nas praças de pedágios das rodovias paulistas administradas pelas concessionárias CCR ViaOeste, CCR SPVias e AB Colinas.

De acordo com a publicação da Artesp, não terão reajustes as praças de cobrança do km 12 da rodovia José Ermírio de Moraes – a Castelinho, em Sorocaba, e o do km 111 da Raposo Tavares, em Araçoiaba da Serra.

Já os pedágios na Raposo Tavares (São Roque ¬ km 46, Alumínio ¬ km 79 e Alambari ¬ km 135) e da Castello Branco (Itu ¬ km 74, Boituva ¬ km 111) terão um aumento de R$ 0,20.

Em Porto Feliz, os motoristas que passam pela praça de pedágio do km 136 da Marechal Rondon pagarão R$ 0,10 a mais pela tarifa.

Viagem Sorocaba – São Paulo pela Castello Branco
Com os novos valores, agora oficiais, a viagem para São Paulo pela Rodovia Castello Branco ficará R$ 0,60 mais cara para o motorista que vai de carro. Para o motorista que faz o trajeto de segunda a sexta para a capital, representa um gasto extra de R$ 12,00 por mês e R$ 144,00 ao ano.

Para caminhões, o valor é cobrado por eixo e varia de acordo com o tamanho e tipo. Por exemplo, o veículo com dois eixos pagará duas vezes o valor da tarifa na cabine de pedágio. Dessa forma, o pedágio é aplicado conforme o tamanho do caminhão – quanto maior ele for, mais caro fica.


Reajuste diferenciado
O percentual de 1,88% será aplicado nas praças de pedágios de todas as concessionárias da primeira e segunda fases do Programa de Concessões Rodoviárias, bem como nas praças do Rodoanel nos trechos Leste, Sul e Oeste e na concessionária Entrevias.

Correspondem aos lotes da 1ª fase as concessionárias: Autoban, AB Colinas, Ecovias, Intervias, Renovias, SPVias, Tebe, Triângulo do Sol e Via Oeste. Já na 2ª fase estão as concessionárias CART, Ecopistas, RodoAnel, Rodovias do Tietê, Rota das Bandeiras, SPMar, e Via Rondon.

A única concessionária que sofrerá reajuste de 2,13% sobre sua tarifa será a Rodovia dos Tamoios, de acordo com as suas previsões contratuais. A Artesp também informou que a concessionária Via Paulista terá reajuste tarifário regular em 23 de novembro.

Aumento esperado
Na avaliação do Sindicato das Empresas do Transporte de Carga de Sorocaba e Região (Setcarso), o aumento já era esperado. Conforme a entidade, o reajuste das tarifas estava previsto para julho deste ano. Contudo, devido à pandemia de Covid-19, após negociações com o governo federal e a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), o aumento foi, inicialmente, adiado para novembro. Agora, a mudanças nos valores foi novamente postergada para 1º de dezembro. O porcentual de reajuste de 1,88% também não surpreendeu, informa o sindicato. “O adiamento do reajuste foi favorável ao setor, tendo em vista toda a dificuldade do transporte rodoviário de carga, neste momento de pandemia”, diz, em nota.

Ainda de acordo com a entidade, a medida beneficiou diretamente as empresas do setor. Aquelas que transportam itens essenciais continuaram ativas no período de crise. Mas outras tiveram reduções e até paralizações. Essas impasses trouxeram dificuldades de manter as atividades e a estrutura empresarial, principalmente de pessoal, com redução intensa do faturamento, afirma o Setcarso.

A Artesp repassou apenas o índice de inflação anual, considerado “relativamente pequeno”, completa a nota. Porém, as empresas transportadoras não conseguem transferir para os contratantes e embarcadores esses reajustes, há anos. Os valores, afirma o sindicato, incluem pedágios, diesel e outros custos inerentes ao frete. O aumento nos custos relacionados ao transporte prejudica o setor, pontua. “O lucro da operação é pequeno e este fato, aliado às dificuldades de repassá-los aos seus embarcadores e contratantes, torna a atividade quase inviável”, acrescenta. (Jomar Bellini)

Fonte: Portal Jornal Cruzeiro do Sul NULL Fonte: NULL