Novo ICMS favorece etanol, e ações de usinas disparam

Área: Fiscal Publicado em 04/04/2023 | Atualizado em 23/10/2023 Imagem coluna Foto: Divulgação
Assessores financeiros reiteraram as recomendações de compra dos papéis das empresas

A decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) de estabelecer uma alíquota fixa de ICMS para a gasolina em todos os Estados acima da carga tributária atual desencadeou uma onda de otimismo em relação às finanças dos produtores de etanol. A grata surpresa às usinas na véspera do início da safra 2023/24 fez com que as ações das empresas listadas na B3 e que atuam no setor, que estavam oscilando em patamares historicamente baixos, disparassem. O movimento ainda foi reforçado na medida em que assessores financeiros reiteraram suas recomendações de compra dos papéis das empresas.

As ações da Raízen, produtora e comercializadora de etanol, fecharam com valorização de 5,09%, a R$ 2,89, elevando o valor de mercado para R$ 29,82 bilhões. A São Martinho, “puro sangue” no setor de açúcar e etanol, viu seus papéis subirem 5,77% nesta quinta-feira, a R$ 27,32. Seu valor de mercado alcançou R$ 9,70 bilhões. As ações da Jalles Machado, por sua vez, tiveram alta de 5,17%, para R$ 7,12 - o valor de mercado ficou em R$ 2,1 bilhões.

A nova alíquota sobre a gasolina, agora fixa (“ad rem”) em R$ 1,4527 o litro e uniforme para todo o país, supera os níveis que vinham sendo praticados em todos os Estados desde junho do ano passado, quando o governo federal limitou os percentuais a 17% ou 18% ao tornar o combustível um bem essencial – até então, as alíquotas eram em percentuais (“ad valorem”). Como muitos Estados praticavam uma diferença ante a alíquota do etanol hidratado para favorecer o consumo do biocombustível, a vantagem do renovável foi praticamente eliminada.

Fonte: valorinveste NULL Fonte: NULL