Notícia - Governo apresenta em junho novas normas de segurança do trabalho
Área: Pessoal Publicado em 14/05/2019 | Atualizado em 23/10/2023 Foto: Divulgação Fonte: Folha de São Paulo.
O governo de Jair Bolsonaro (PSL) começará a apresentar, a partir da primeira quinzena de junho, novas normas de segurança e saúde no trabalho, confirmou nesta segunda-feira (13) o secretário especial da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.
Em vídeo publicado em uma rede social, Marinho indicou que nove das 37 normas serão revistas neste ano, com o objetivo de “apresentar ao estado brasileiro um marco nessa nova era de modernidade e simplificação.”
São normas, diz o secretário, que “afetam desde uma padaria até um forno siderúrgico, e pela sua diversidade e complexidade, impactam diretamente na produtividade das nossas empresas.”
A primeira mudança a ser apresentada envolverá a NR (norma regulamentadora) 12, que trata de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos.
A regra diz, entre outras coisas, que o “empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos capazes de garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores, e medidas apropriadas sempre que houver pessoas com deficiência envolvidas direta ou indiretamente no trabalho.”
Segundo Marinho, o governo está fazendo as alterações na norma “com muito cuidado para evitar, inclusive, que isso impacte de forma negativa a saúde e segurança dos trabalhadores.”
Ele criticou o elevado custo do empresário para implantar o maquinário, “quase o dobro do seu custo de transação”, o que encarece e dificulta a produtividade e competitividade do país.
As mudanças são feitas em colaboração com representantes de trabalhadores, empregadores e do próprio governo.
Bolsonaro confirmou, nesta segunda, a intenção de cortar 90% das normas de saúde e segurança no trabalho.
A ação preocupa o Ministério Público do Trabalho (MPT).
“Não vejo como cortar em 90% e não ter redução da proteção dos trabalhadores. Temos que aguardar o governo apresentar as propostas, mas com preocupação”, afirmou o procurador Leonardo Osório Mendonça, coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho do MPT.
Além da 12, estão sendo revisadas as normas 1 (segurança e medicina do trabalho), 2 (inspeção prévia) e 3 (embargo e interdição constatados a partir da constatação de situação de trabalho que caracterize risco ao trabalhador).
Também há estudos envolvendo a NR9 (prevenção de riscos ambientais), 15 (atividades e operações insalubres), 17 (ergonomia no ambiente de trabalho), 24 (condições sanitárias e conforto no local de trabalho) e 28 (fiscalização e penalidade).
“O que nós queremos, na verdade, é permitir um ambiente saudável, competitivo, confortável e seguro para quem trabalha e para quem produz”, afirmou Marinho.
“Para que a economia brasileira esteja à altura de outras economias em outros lugares do mundo, e que nós possamos gerar emprego, renda e oportunidade para os conjuntos dos trabalhadores brasileiros, com segurança e com a preocupação com a saúde do trabalhador.”
Para o MPT, o assunto precisa ser bem debatido para que as novas regras não aumentem ainda mais os números de acidentes no trabalho.
“A modernização [das normas] passa pela diminuição nesse número de acidentes. Historicamente, o Brasil registra 2,7 mil mortes no trabalho por ano. Precisamos fortalecer o sistema de fiscalização. Hoje, há um déficit de auditores fiscais do trabalho. Estamos abaixo do ideal estabelecido pela OIT [Organização Internacional do Trabalho]”, declarou Mendonça.
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O governo de Jair Bolsonaro (PSL) começará a apresentar, a partir da primeira quinzena de junho, novas normas de segurança e saúde no trabalho, confirmou nesta segunda-feira (13) o secretário especial da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.
Em vídeo publicado em uma rede social, Marinho indicou que nove das 37 normas serão revistas neste ano, com o objetivo de “apresentar ao estado brasileiro um marco nessa nova era de modernidade e simplificação.”
São normas, diz o secretário, que “afetam desde uma padaria até um forno siderúrgico, e pela sua diversidade e complexidade, impactam diretamente na produtividade das nossas empresas.”
A primeira mudança a ser apresentada envolverá a NR (norma regulamentadora) 12, que trata de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos.
A regra diz, entre outras coisas, que o “empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos capazes de garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores, e medidas apropriadas sempre que houver pessoas com deficiência envolvidas direta ou indiretamente no trabalho.”
Segundo Marinho, o governo está fazendo as alterações na norma “com muito cuidado para evitar, inclusive, que isso impacte de forma negativa a saúde e segurança dos trabalhadores.”
Ele criticou o elevado custo do empresário para implantar o maquinário, “quase o dobro do seu custo de transação”, o que encarece e dificulta a produtividade e competitividade do país.
As mudanças são feitas em colaboração com representantes de trabalhadores, empregadores e do próprio governo.
Bolsonaro confirmou, nesta segunda, a intenção de cortar 90% das normas de saúde e segurança no trabalho.
A ação preocupa o Ministério Público do Trabalho (MPT).
“Não vejo como cortar em 90% e não ter redução da proteção dos trabalhadores. Temos que aguardar o governo apresentar as propostas, mas com preocupação”, afirmou o procurador Leonardo Osório Mendonça, coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho do MPT.
Além da 12, estão sendo revisadas as normas 1 (segurança e medicina do trabalho), 2 (inspeção prévia) e 3 (embargo e interdição constatados a partir da constatação de situação de trabalho que caracterize risco ao trabalhador).
Também há estudos envolvendo a NR9 (prevenção de riscos ambientais), 15 (atividades e operações insalubres), 17 (ergonomia no ambiente de trabalho), 24 (condições sanitárias e conforto no local de trabalho) e 28 (fiscalização e penalidade).
“O que nós queremos, na verdade, é permitir um ambiente saudável, competitivo, confortável e seguro para quem trabalha e para quem produz”, afirmou Marinho.
“Para que a economia brasileira esteja à altura de outras economias em outros lugares do mundo, e que nós possamos gerar emprego, renda e oportunidade para os conjuntos dos trabalhadores brasileiros, com segurança e com a preocupação com a saúde do trabalhador.”
Para o MPT, o assunto precisa ser bem debatido para que as novas regras não aumentem ainda mais os números de acidentes no trabalho.
“A modernização [das normas] passa pela diminuição nesse número de acidentes. Historicamente, o Brasil registra 2,7 mil mortes no trabalho por ano. Precisamos fortalecer o sistema de fiscalização. Hoje, há um déficit de auditores fiscais do trabalho. Estamos abaixo do ideal estabelecido pela OIT [Organização Internacional do Trabalho]”, declarou Mendonça.
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