Haddad promete reforma com carga tributária mantida e marco fiscal
Área: Fiscal Publicado em 15/02/2023 | Atualizado em 23/10/2023
Mudanças vão ‘sem dúvida’ reduzir pressão inflacionária e facilitar controle dos juros, diz ministro
A reforma tributária manterá a carga de impostos no nível atual, o que ajudará a colocar o Brasil em uma trajetória fiscal sustentável. Combinada com a aprovação conjunta do novo arcabouço fiscal ainda no primeiro semestre, as mudanças “sem dúvida” diminuirão pressões inflacionárias e, consequentemente, facilitarão a condução da taxa básica de juros pelo Banco Central (BC). As afirmações foram feitas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista exclusiva concedida ao Valor. Para ele, os últimos atos do governo Bolsonaro e as invasões realizadas no começo do mês em Brasília abrem espaço para a atual gestão ampliar a sua base de apoio no Congresso Nacional.
Em junho, o Conselho Monetário Nacional (CMN), do qual Haddad faz parte, se reunirá para decidir a meta de inflação de 2026. Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou os atuais patamares das metas de inflação, que estão em 3,25% para este ano e em 3% tanto para 2024 quanto para 2025. Mas economistas como o ex-presidente do BC Affonso Celso Pastore afirmam que elevar a meta em meio à piora das expectativas “equivale a tentar apagar o fogo com gasolina”.
Vamos a partir do mês que vem iniciar uma discussão sobre a possibilidade de você ter uma moeda comum”.
Segundo o ministro da Fazenda, é importante observar o que acontece no exterior para decidir o nível de inflação a ser perseguido. Mas ele destacou que o comportamento das expectativas também será essencial para a decisão da meta de 2026.
Sobre o arcabouço fiscal, Haddad disse que estão sendo levadas em conta propostas apresentadas ainda no ano passado por técnicos das secretarias do Tesouro Nacional e de Política Econômica e que debaterá o texto com economistas não alinhados ao governo.
Já a política de preços da Petrobras, segundo ele, viveu o seu melhor momento nos dois primeiros mandatos de Lula, indicando que esse pode ser um caminho a ser perseguido pela companhia.
“Não estamos na perspectiva de mexer com carga. Os impostos sobre o consumo no Brasil já estão altos”.
Ainda sobre o BC, Haddad defendeu que seja escolhido um nome de perfil “técnico” e com conhecimento da mesa de operações para a diretoria de política monetária, que ficará vaga no próximo mês. Por fim, afirmou que o formato do Desenrola, programa de renegociação de dívidas, está alinhado com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Os “parâmetros” do texto serão discutidos com Lula.
Fonte: Valor econômico NULL Fonte: NULL
A reforma tributária manterá a carga de impostos no nível atual, o que ajudará a colocar o Brasil em uma trajetória fiscal sustentável. Combinada com a aprovação conjunta do novo arcabouço fiscal ainda no primeiro semestre, as mudanças “sem dúvida” diminuirão pressões inflacionárias e, consequentemente, facilitarão a condução da taxa básica de juros pelo Banco Central (BC). As afirmações foram feitas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista exclusiva concedida ao Valor. Para ele, os últimos atos do governo Bolsonaro e as invasões realizadas no começo do mês em Brasília abrem espaço para a atual gestão ampliar a sua base de apoio no Congresso Nacional.
Em junho, o Conselho Monetário Nacional (CMN), do qual Haddad faz parte, se reunirá para decidir a meta de inflação de 2026. Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou os atuais patamares das metas de inflação, que estão em 3,25% para este ano e em 3% tanto para 2024 quanto para 2025. Mas economistas como o ex-presidente do BC Affonso Celso Pastore afirmam que elevar a meta em meio à piora das expectativas “equivale a tentar apagar o fogo com gasolina”.
Vamos a partir do mês que vem iniciar uma discussão sobre a possibilidade de você ter uma moeda comum”.
Segundo o ministro da Fazenda, é importante observar o que acontece no exterior para decidir o nível de inflação a ser perseguido. Mas ele destacou que o comportamento das expectativas também será essencial para a decisão da meta de 2026.
Sobre o arcabouço fiscal, Haddad disse que estão sendo levadas em conta propostas apresentadas ainda no ano passado por técnicos das secretarias do Tesouro Nacional e de Política Econômica e que debaterá o texto com economistas não alinhados ao governo.
Já a política de preços da Petrobras, segundo ele, viveu o seu melhor momento nos dois primeiros mandatos de Lula, indicando que esse pode ser um caminho a ser perseguido pela companhia.
“Não estamos na perspectiva de mexer com carga. Os impostos sobre o consumo no Brasil já estão altos”.
Ainda sobre o BC, Haddad defendeu que seja escolhido um nome de perfil “técnico” e com conhecimento da mesa de operações para a diretoria de política monetária, que ficará vaga no próximo mês. Por fim, afirmou que o formato do Desenrola, programa de renegociação de dívidas, está alinhado com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Os “parâmetros” do texto serão discutidos com Lula.
Fonte: Valor econômico NULL Fonte: NULL